J u l i a n a F r e i r e
Ati-
vismo
Cósmico
Primeiras Experiências com os
'Dispositivos Transculturais' [Máscaras]
Ateliê Cordas - participação de Nara Grossi & Roberto Maya
São Paulo SP - Julho de 2017
Open Studio - Cordas - Casa Rino Levi
Juliana Freire, Sylvia Soares e Fabio Benetti
São Paulo - Novembro de 2017
Performance Interlúdio Akáshico
de Juliana Freire, com participação de Yasna Yañez, Daniel Antônio e Pedro Vicente
Pocket show Naked Universe
Fotografia de Daniel Antônio e Luis Bahu
Foram confeccionadas por Juliana e Yasna mais de 100 máscaras, distribuídas ao público.
O vasos rompidos
Para que a luz transbordasse era preciso que os vasos se rompessem. Os cacos, as sombras das primeiras formas luz, sobreviveram como o outro lado do que nos compõem. As superfícies que restaram como máscaras caricaturas de alters do mesmo ego, os significados que se tornam significantes, na festa a intenção fica evidente. E é no ato de evidência que convenientemente nos escondemos e nos revelamos sob as peles e camadas das memórias.
As máscaras são usadas portanto como dispositivos de conectividade entre os fantasiados e os outros, num processo que está dentro de quase todas as culturas. Esta face provisória que possibilita o próprio reconhecimento no outro e retorna a conectividade dos vasos rompidos, por não terem suportado sozinhos o fluxo da fonte. Um deslocamento do self, onde o ego fica periférico e satélite ante ao si. Como reitera Foucault, a máscara, a tatuagem, o enfeite coloca o corpo em outro lugar que não tem espaço ou tempo diretamente no mundo, fazem desse corpo um fragmento de um espaço imaginário, que entra em comunicação com o universo das divindades ou, do outro.
A proposta desta face é proporcionar ao grupo uma alternativa para se reconhecer ao se distanciar, deslocar a auto-imagem e deixar que cada personagem encontre seu campo de pertencimento.
Texto de Celso Grecov