corpo monumento
Espectro
Juliana Freire, 2025
Impressão sobre Tricoline 100% Algodão
Dimensões Variadas
Performers Olga Freire Maia, Amelie da Quinta, Flaviana Bernardo, Christophe Van Hamme, Ad Ferrera, Juliana Freire
Máscaras desenvolvidas e costuradas por Juliana Freire
Registro de Christophe Van Hamme
Making off de Alice Van Hamme
Imagens projetadas por Youtube da Nasa, Time entre outras fontes. Objetos interestelares 3i Atlas, Oumuamua, entre outros.
São Paulo, experimentos para mostra no Decurators, Brasília, curadoria Gisel Carriconde, sobre o livro
Spectrophilia de Hilan Bensusan
Como um fantasma que já não carrega a seiva da vida contínua, Spectrophilia é um jogo da memória que perambula entre as prateleiras de uma livraria imune ao desejo alheio de cabimento naquilo que se nomeia ou filosofia ou ficção ou... Diante dele (Nonseñor) Shajara née-Hilan Bensusan não é pessoa autora, mas uma autoria impregnada por espectros que se entulham nesse experimento trans: um transgênero literário que fermenta o tesão especulativo de experimentos que excedem ao campo filosófico, dada a sua indisciplinaridade spectransfílica. Assombrada pelos mitos de Corina, Anhell69 e Nanã, Shajara tece no tempo impreciso da Geschlecht (um espectro que contempla gênero, geração, raça, espécie, entroncamento) um rondó em três atos no qual a vida – e a morte – são experimentadas também do ponto de vista da espectralidade mais-que-material daquilo que não é porque está morto que não está vivo. A morte, aqui, é uma parte bonita – e fedida e erótica e amorosa – da vida que, em parte, é também uma aberração da própria morte. É em Chungara (ex-América Latina) que Shajara enterra Hilan e, depois da vida, reza: a árvore israelense morre para fazer nascer a palestina, determinando o regime florestal esquizo que diz de um modo de produzir pensamento, mas também da disputa política por uma maneirologia de nascer e de morrer: a vida é política, mas a morte também é e importa o como. Na vala comum desse como, Spectrophilia é uma aparição filosófica incapturável como todo espectro, fruto de um coito em luto, do contágio sem genitália-geração-gênesis-gene(r)alogia. Uma anarqueologia da memória que começa no asilo-exílio de Corina e termina empapada no suco gástrico da terra, a lama de Nanã. Vagar pelos escombros de Spectrophilia é também se deixar impregnar por uma leitura que nos exuma nesse trem-fantasma conduzido por Shajara e que nos faz cair de amores pelas aparições: espectral é a aparição da aparência. Spectrophilia é amar a imortalidade de quem morre, mas também cuidar dos modos de ir morrendo – e de ir envelhecendo e de ir vivendo –, compreendendo a zona cinzenta do experimento-vida como um curto-circuito – também espectral, também transitório, também transversal – na superfície entre o que vem antes e o que veio antes de antes. Spectrophilia é uma spectransfilia. É amoroso, denso, festivo, vulnerável, rigoroso e queer, como os ossos que constituem e dão vestígio a Shajara – e a Hilan que o assombra em silêncio.

Foto Performance | Elohim
Juliana Freire + Colaboradores
+ colagem digital livro Plantstudie - Karl Blossfeldt.
30 cm de altura x 21 cm de largura - Impressão FineArt, papel algodão 300 g
São Paulo, Brasília, Parque Indígena Xingu, São Tomé das Letras e Serra do Roncador
2018 - 2019

Transtemporalidade, Mistério
Impressão sobre Tricoline 100% Aldodão
55 cm de altura x 44 cm
Máscaras por Juliana Freire e Yasna Yañez
Registro Roberto Maia de Nara Grossi
+ Plantstudie - Karl Blossfeldt.
São Paulo 2018

Expedição Akáshica I
Registro Mateus Lucena, performers Juliana Freire, Diego Cattani e Lana Chadwick
+ colagem digital sobre livro Plantstudie - Karl Blossfeldt.
Impressão sobre Papel FineArt 300 g
55 cm de altura x 44 cm | Edição de 5
Esta série de Expedições começou em 2018, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. Voamos na nave arquitetônica modernista transculturada com um manto pictórico Xinguano, um dia após o encerramento do evento mais importante que eu já vivenciei, o acampamento Terra Livre. Se Lúcio Costa afirma que só desenhou Brasília após conhecer a arquitetura Xinguana, a edificação Niemeyer hj é uma Oroboros, uma interface entre mundos sempre vivos, atemporais.

Bandeiras, Baralhos | Juliana Freire
Impressão sobre Tricoline 100% Algodão
127 cm altura x larguras variáveis de 100 e 60 cm
Máscaras por Juliana Freire e Yasna Yañez
Registro Roberto Maia e Mateus Lucena, de Nara Grossi e Mateus
Participaram de mostras : Casa do Olhar Luiz Sacilotto, Galeria Andrea Rehder e MMarts, São Paulo.
São Paulo e Brasília, 2017 e 2018

Expedição Akashica | Juliana Freire, 2019
Impressão sobre Tricoline 100% Algodão
55 cm de altura x 44 cm de largura
Máscaras por Juliana Freire e Yasna Yañez
Registro de Ricardo Aguiar
Performers Amanda Melo da Mota, Andrea Rehder, Paulo Barcellos e Juliana Freire
São Paulo, Ceagesp, durante a residência Risoma

Juliana Freire
Encadeamentos - fotoperformance
Museu Felícia Leirner, 2019
Galeria Emma Thomas, 2009
Casa do Olhar Luiz Sacilotto, 2019
Teatro Nacional Cláudio Santoro, Brasília, 2018









































































