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transFORMA X transMUTA
 
A experiência/ coletiva parte da atemporalidade e multidimensionalidade do conhecimento, apresentando um diálogo entre objetos e obras de 1500 d.c aos dias atuais.
A investigação parte do mistério que envolve a criação, manutenção, desaparecimento ou sobrevivência de cada cultura através de um recorte ínfimo, um brinquedo, uma medalha, um objeto ritualístico, um livro, um vídeo, uma instalação, todas sujeitas às mesmas leis, a probabilidade de obsolescência, glória ou esquecimento.
Os artistas se relacionam com peças de um gabinete de curiosidades, objetiva ou subjetivamente, formal ou conceitualmente, possibilitando múltiplas novas possibilidades de reconhecimento, interpretação ou reinvenção do que chamamos de 'história' ou de nós mesmos.
 
ARTISTAS - Adam Nankervis, Renata Padovan, Diego Castro, Daniel Antônio, Leonardo Remor, Amanda Melo, Ricardo Castro, Daniel Barclay, Pedro Gallego, Daniel Athayde, Rey Zorro, Beto Eiras, Luiz Ernesto, Thiago Szmrecsanyi, Beatrix Guedes, Rodrigo Zamora, Laerte Ramos, Natalia de Campos , Sylvia Soares, Fabio Benetti, Juliana Freire e Marcelo Lellis. 
Objetos Históricos - produção catalogação e seleção de Sylvia Soares
Fotografias de Luis Bahu
Curadoria de Juliana Freire
Produção de Fabio Benetti, Ewerton Baptista, Sylvia Soares e Juliana
Experiência / coletiva - Dia 14 de abril a 05 de maio de 2017
Local : CORDAS ateliê e plataforma de projetos culturais
Rua Diogo de Aros, 55, São Paulo
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The collective /experience starts from the timelessness and multidimensionality of the knowledge generated by humanity, presenting a dialogue between objects and works from 1500 AD to the present day.
 
The investigation starts from the mystery that involves the creation, maintenance, disappearance or survival of each culture through a tiny clipping, a toy, a medal, a ritual object, a book, a video, a contemporary art installation, all subject to the same laws, the likelihood of obsolescence, glory or forgetfulness.
 
Artists freely dialogue with pieces from a cabinet of curiosities, objectively or subjectively, formally or conceptually, enabling multiple new possibilities for recognition, interpretation or reinvention of what we call 'history' or ourselves.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
transFORMA X transMUTA
Múltiplas possibilidades versus probabilidades, e ao invés da entrega ao mistério, a escolha comum de vislumbrar este gradiente sob a ótica do corpo mental. A própria vida é energia tão concentrada, que quando somos orientados a pensar que vivemos em uma das faixas mais densas da 'grande manifestação', encontrar meios para descascar a cebola da dualidade é um caminho de libertação para a ideia de separação entre céu e terra, entre eu e o outro, transbordar o contorno imaginário das coisas.
 
Se há uma colossal energia solidificada, unir-se a este todo não significaria ‘Poder’? Um chão a pisar e a gravidade a abraçar, tantas culturas saúdam o solo - o abaixo - tanto quanto o acima, os de deuses dentro e de fora, em todas as direções. Consciências prolíferas e diversas, seres monumentais à vidas rarefeitas em mundos amorfos, individualidades não materiais às que preenchem corpos de acúmulo molecular.
 
Partindo do contato com perspectivas não-duais em ‘linguagem’, é observado que a proposição deste título  guia ‘ F O R _  M A ’ para a mãe ou princípio Ying e  ‘ M U  _ T A ’ para o pai ou princípio Yang. Transformar é o trabalho que a mãe faz - a natureza, os elementos. A gestação adapta o corpo para a chegada de uma nova consciência, o céu se transforma em chuva para que a semente se transforme em fruto. A borboleta era lagarta e assim sempre, a cada instante, tudo movimenta honrando as leis da matéria, os ciclos.
 
E transmutar ? Trans _ muda. O recomeço precisa do princípio ativo, anterior à forma. Então transmutar é passo de um estágio da vida a outro, sendo que no meio há um fim. Não é uma nuvem branca que se transforma em cinza escuro, é a estrutura que compõe esta nuvem migrar para o pássaro que a cruzou. Há na transmutação o o abandono do antigo padrão, para continuar a existir. Assim como rios da cidade que hoje são rios de gente, há água nas calçadas e nos carros, percorrendo aquele percurso, em um novo corpo ou aparência.
 
Transformar é para ‘manutenção’ e transmutar é para ‘destruição’ ou ‘recriação’, e mesmo esta afirmação está em movimento e pode ser alterada se observada sob outra perspectiva - é apenas um raciocínio entre infinitos outros que poderiam ser contemplados nesta comunicação.
 
Abordar estes questionamentos com consciências que criam formas, artistas e artesãos, e a partir de um abstrato diálogo entre épocas e culturas que atravessam fronteiras e gerações, é o que aproxima este encontro de objetos e caminhos de pensamento. A observação e ação sobre estas coisas, entorpece a própria percepção do que é causa ou efeito. Temer a morte de algo ou alguém, ou a substância física ou simbólica que este carrega, traz a complexidade do relacionamento com as palavras deste título. Se não houver fim ou passagem não há vida, a cristalização ou paralisação dos movimentos neutraliza o porvir. Mesmo coisas que se mantêm como uma constante, à éons não sobrevivem. Não há possibilidade de continuidade sem a transformação ou transmutação de crenças, construções, certezas e desejos.
 
O movimento da arte no mundo como uma possível visão de 'realidade', transFORMA a consciência de existência em essência, ou transMUTA a essência em existência?
Juliana Freire e diálogos interdimensionais.
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