MOSTRA PARALELAS - SP - jan 2025
curadoria Fabiano Frnandes, Ateliê PortoaoPorto, Galeria FFAC
Coletiva com 36 artistas portugueses e brasileiros que participaram dos programas do projeto PortoaPorto,
tanto no Rio de Janeiro quanto na cidade de Porto, Portugal. Parceria com Casa Ondina.
Os trabalhos apresentados na mostra foram: MANTO ESTELAR (com Vinícius Monte) e A verdade é uma terra sem caminho.
A frase título e as caligrafadas são uma homenagem à Krishnamurti, um dos mais importantes pacifistas e pensadores contemporâneos. Tinta guache branca, bordado nas cores azul e vermelho e nanquim sobre páginas de livro de retratos da aristocracia inglesa e francesa do séc XVII, XVIII e XIX.
Mascarar os rostos e dar-lhes olhos de raios ou correntes elétricas, são intervenções/ vertigem que se sobrepõe à lógica do poder da auto-imagem na sociedade ocidental, também ao mesmo tempo uma tentativa de apagar esta símbolo/ rosto de poder, para algo alienígena ou nonsense. Em um mundo com tantos Messias populistas elitistas supremacistas, tantos cavaleiros do apocalipse, super-heróis imperialistas ou de prêmios Nobel genocidas, é importante falar sobre Krishnamurti.
Revolucionário educador da humanidade, anti-mestre, anti-guru, viveu a sua missão em ações e não em honrarias ou títulos, quebrando elos com posições de poder. Seu nome é uma homenagem à Sri Krishna, que havia sido também um oitavo filho, como ele.
"Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. (…)".